Hoje caminhando na rua como de costume, vi uma coleira presa a um portão. O que chamou minha atenção não foi apenas a coleira em si, mas a falta de um cachorro preso a ela. A ausência do cachorro gritou mais alto do que a presença da coleira.
Nós vemos que algumas vezes, coisas pelas quais cruzamos em nosso caminho, gritam sem estar presentes. Um último resquício de voz, de algo que faz parte do passado. Presenças que são sentidas pela sua ausência.
Uma marca de pneu de um carro que passou por alí. Um sapato perdido, um risco na parede.
Até uma carta, um bilhete de alguém que se despede.
Talvez um dia você perceba que as minhas roupas jogadas na sua cama não eram assim grande coisa.
Talvez a falta delas te marque de alguma forma.
Talvez a sua escrivaninha perfeitamente arrumada, sem as peças de xadrez meio desalinhadas por minha causa, te causem algum incômodo.
Talvez quando você vir a total e fria organização, a minha ausência fique clara.
Talvez assim, você sinta a minha falta.
Ausências

Um sobre dois

Tenho andado em meios de transporte ruins, vivido meias aventuras, sentido meias emoções, que corto ao meio por estar meio cansada de sentir demais.
Declaração pública de amor
Sem teísmo

Manifestantes de facebook

Não venho falar apoiar ou condenar os testes em animais, pois sei que muitos são necessários, e como eu não tenho como provar os métodos utilizados, limito-me a falar apenas daquilo que conheço.
E se eu disser: "Sim"?
Ultimamente, uma vontade louca veem tomando conta dos meus pensamentos. Acho que são novos sonhos crescendo, do tipo que aparece quando os seus sonhos anteriores se realizam. Corro o risco de ser banal, e sim, um muro entre a fluidez de palavras me segue, pois é difícil se escrever sobre o que apenas conseguimos sentir.
Olhando para um céu cor de chocolate, só consigo pensar nele, na sua voz macia como as núvens, na sua pele aveludada, em como eu me sinto ridiculamente e insanamente feliz perto dele, capaz de abraçar o mundo inteiro.
Mas que diabos leva uma menina que sempre gritou aos quatro ventos que não queria nunca casar, se amarrar a ninguém, o que a leva então, a procurar no Google fotografias de casamentos temáticos? E ficar escutando horas a fio aquela música que ela jura que tocará na cerimônia de casamento quando ela entrar para se juntar a seu noivo?
A magia do amor é certeira, nos torna meros clichês na vida. Eu quero ser como aqueles clichês dos contos de fadas, ''e foram felizes para sempre'', mas para isso eu teria de começar a me questionar o quanto é para sempre, onde acaba, quanto pesa e qual seria a sua medida. Mas isso é uma coisa que o meu futuro engenheiro e marido, sabe lidar bem.